Cooperação e superação: a história das irmãs Ana Cristina e Ana Paula

Conheça a história de Ana Cristina e Ana Paula, duas irmãs que viram suas perspectivas de vida mudarem ao se tornaram estudantes da EPC Paramoti 

1. Quais eram suas expectativas antes de fazer parte da EPC PARAMOTI?

Cristina: Minha expectativa era somente terminar o ensino médio, trabalhar e proporcionar uma vida melhor para meus pais. Mudei esse pensamento quando um professor começou a falar de universidade, ainda no 1º ano do ensino médio. Passei a sonhar em passar no vestibular, queria um curso que envolvesse educação e saúde. Em 2006 terminei o ensino médio e conheci a EPC Paramoti através de minha irmã Ana Paula, no ano seguinte comecei a fazer parte do grupo.

2. Qual a sua opinião sobre o estudo em células, metodologia utilizada na EPC PARAMOTI?

Cristina: É fundamental que o estudante compartilhe seus conhecimentos com os colegas e assim aprendendo a debater certos assuntos. Aqui nos tornamos pessoas autônomas, ganhamos confiança e fazemos amizades verdadeiras que vão além da EPC.

3. Qual a importância do retorno do estudante, após ingressar na universidade?

Cristina: Quando o universitário retorna além de ajudar os colegas facilitando as disciplinas ele conta para os estudantes como é a sua nova rotina, as dificuldades que passou e sua experiência dentro da universidade. Ele motiva, desperta nos amigos o gosto pelos estudos e mostra que eles são capazes de conseguir também.

4. Fale sobre sua trajetória antes de entrar para a universidade.

Cristina: Sou filha de agricultor com muito orgulho, meus pais fizeram de tudo para que eu e minhas irmãs continuássemos os estudos. Quando terminei o ensino médio fiquei sem estudar. Depois passei a fazer parte da EPC Paramoti juntamente com minha irmã, tentamos o vestibular algumas vezes e o fato de não termos sido logo aprovadas gerava uma expectativa entre os vizinhos e familiares que perguntavam aos nossos pais por que não trabalhávamos, sofríamos muito com isso, por que sabíamos que apesar das dificuldades venceríamos.

Em 2010, as coisas começaram a melhorar, minha irmã Ana Paula foi aprovada pro curso de Gestão em Turismo no Instituto Federal do Ceará (IFCE) campus Canindé, o que me motivou bastante para continuar os estudos. Em 2012, entrei para o curso de Educação Física também no IFCE de Canindé. Hoje sei que somos o orgulho de nossos pais José Costa e Vera Lúcia, pois apesar da dificuldade lutamos e nunca desistimos pois queremos um futuro melhor.

5. Que mudanças ocorreram na sua vida após o ingresso na universidade?

Cristina: Hoje, trabalho como agente de saúde pela manhã, a tarde estudo em Canindé e aos finais de semana ajudo os colegas na EPC Paramoti, contribuo com os estudos de Redação e as atividades de gestão da EPC. Muita coisa mudou, com o ingresso na universidade, ganhei maior credibilidade de meus pais e consegui mudar a visão dos vizinhos. O que posso dizer para as pessoas é que elas não devem desistir de seus sonhos. Estudem, pois o estudo nos engrandece, não importam os obstáculos.